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Jaca
Nome
Científico: Artocarpus beterophyllus Lam. (A. integrifolius)
Família: Moraceae
Origem e dispersão: a jaca é a maior de todas as frutas
cultivadas, sendo muito popular em países do Sudeste da Ásia e da África.
Foi introduzida no Brasil, pelos portugueses.
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Características:
a jaqueira é uma árvore de copa irregular que alcança até 25 m de
altura. O fruto alcança maturação em 180 a 200 dias. Mede de 22 a 90 cm
de comprimento, 13 a 50 cm de diâmetro e apresenta peso variando de 3 a 60
kg.
Clima e Solo: a jaqueira desenvolve-se bem e produz frutos de melhor
qualidade em regiões de clima quente úmido ou em clima semi-árido com
irrigação.
Propagação: as jaqueiras podem ser propagadas por sementes ou
vegetativamente.
Variedades: considerando a consistência da polpa dos frutos, as
variedades são classificadas em jaca dura (frutos maiores e polpa firme) e
jaca mole (frutos menores, bagos moles e mais doces).
Utilização: a jaca pode ser consumida fresca ou preservada em
xarope, cristalizada ou em compota.
ASPECTOS GERAIS:
A jaqueira Artocarpus integrifolia L,/ Artocarpus heterophilus Lam.,
Moraceae, Dicotyledonae - originária da Ásia (Malásia. Índia), foi
trazida para o Brasil pelos portugueses; aqui a planta adaptou-se muito bem.
DESCRIÇÃO / TIPOS:
É árvore de porte ereto, elevado (atinge 20 a 25m. de altura), tronco com
diâmetro acima de 1m., tem copa densa e irregular com folhas verde-escuras
coriáceas e brilhantes. As flores, sem pétalas, agrupam-se em inflorescências
masculinas e femininas localizadas no tronco e ramos mais grossos. O fruto
composto - a jaca é formado pela reunião de frutos simples, soldados em
torno de um eixo central; é um sincarpo, com formação globosa, oval ou
alongada, tem comprimento em torno de 70cm. e peso de até 40Kg.. Maduro a
sua casca tem cor amarelo-acastanhada e aroma peculiar e forte. As sementes
numerosas - até 500 unidades por fruto - são envolvidas, individualmente,
por uma polpa (bago) amarela, visguenta, aromática, sabor doce, de consistência
mole à dura. A planta é melifica.
A composição da polpa do fruto, por 100 gramas, é: água 84%,
carboidratos 18,9g., proteína 1,9g., gordura 0,1g., fibra 1,1g., cálcio
20mg., fósforo 30mg., ferro 0,5mg., Vit A 540 U.I., tiamina 30 U.I.; a
semente contém 6,6% de proteínas e 25,8% de carboidratos.
Os tipos - variedades - mais cultivados da jaqueira são: jaca-dura (com
frutos grandes-15,30, 40Kg.- e bagos de consistência rígida); jaca-mole
(frutos menores, bagas doces com consistência mole) e jaca-manteiga (com
bagos adocicados e de consistência intermediária) é comum no Rio de
Janeiro.
UTILIZAÇÃO DA JAQUEIRA:
Madeira: É branco-acinzentada que escurece, ao contato com o ar,
tomando a aparência de mogno. É madeira de lei, utilizada em construção
naval (cavername), e na construção mista (carpintaria e marcenaria).
Planta: Utilizada em florestamentos, em sebes quebra-ventos, para
proporcionar sombra a animais em pastos e como planta ornamental.
Folhas: Verdes, picadas ou moídas, são destinadas ao arraçoamento
de aves, caprinos, ovinos e suínos.
Fruto: Ao natural os bagos são consumidos frescos pelo homem;
processados compõem doces, compotas, polpas congeladas, refrescos, sucos,
bebidas (licor). Os animais consomem o fruto fresco picado, em sua integra.
Em medicina caseira o bago é utilizado no tratamento de tosses
(propriedades expectorantes).
Semente: Rica em amido pode ser consumida assada; assada e moída
produzem farinha utilizável para preparo de biscoitos, doces, outros. Em
medicina caseira a semente trata desarranjos intestinais. Ainda, lenhada, a
jaqueira exsuda resina medicinal de propriedades cicatrizantes.
NECESSIDADES DA JAQUEIRA:
Clima: Planta de regiões quentes e úmidas, de clima tropical úmido,
a jaqueira também se desenvolve em regiões de clima subtropical e semi-árido
desde que haja a utilização da irrigação artificial (Ceará). A planta
requer temperatura média anual de 25ºC, chuvas acima de 1.200 mm/ano (bem
distribuídos), umidade relativa do ar em torno de 80%, dias ensolarados.
Geadas são danosas à jaqueira.
Solos: Profundos, bem drenados, férteis, areno-argilosos não
sujeitos a encharcamento, pH entre 6 e 6,5.
PROPAGAÇÃO/FORMAÇÃO DE MUDAS:
A propagação da jaqueira pode dar-se via vegetativa - borbulhia em janela
aberta e encostia (produzem mudas para plantios comerciais) e via sexuada
(utilizando-se de sementes).
FORMAÇÃO DE MUDAS VIA SEMENTES:
Sementes: Os frutos fornecedores das sementes devem ser obtidos de árvores
precoces, vigorosas, sadias e de boa produção; as sementes devem ser
retiradas do fruto e mergulhadas em água fria por 24 horas e semeadas, a
seguir (baixa viabilidade).
Recipientes: Podem ser sacos de polietileno preto, dimensões 20cm. x
30cm, cheios com mistura de terra areno-argilosa ou terra de mata (3 partes)
e esterco de curral bem curtido (1 parte). Os sacos podem ser colocados em
fileiras duplas espaçadas de 60-80cm. e o viveiro deve ser coberto com
folhas de palmeiras para proporcionar, inicialmente, 50% de sombra; a medida
que as mudas desenvolvem-se vai-se permitindo entrada de mais luz. O semeio
é feito colocando-se 2 a 3 sementes, em posição horizontal, a 3 a 5cm. de
profundidade; quando mudinhas tiverem 5cm. de altura efetuar o desbaste
deixando a mais vigorosa. Alcançando 15 a 20cm. de altura a muda estará
apta a ser plantada em local definitivo. As irrigações devem ser feitas
sem excessos.
Plantio/Tratos Culturais:
O preparo do solo pode necessitar das operações de derruba, destoca,
queima, controle de cupins e formigas, aração/gradagem do terreno, com
antecedência hábil ao plantio. Espaçamento a utilizar pode ser 10m. x
10m. ou 10m x 8m. que proporcionam densidades de 100 a 125 plantas por
hectare respectivamente. As covas podem ter dimensões de 50c. x 50cm. x
50cm. ou 60cm. x 60cm. x 60cm. e são abertas 60 dias antes do plantio
quando se separa a terra dos primeiros 15 a 20cm. de altura.
Sugere-se para adubação de fundação, a mistura da parte da terra
separada a 15-20 litros de esterco de curral bem curtido e a 500g. de calcário
dolomítico e lança-se ao fundo (logo após sua abertura); o restante da
terra é misturada a 500g. de superfosfato simples a 100g. de cloreto de potássio
enchendo-se a cova pouco antes do plantio.
O plantio
é efetuado no início da estação chuvosa; na cova abre-se espaço para
torrão da muda de modo a que a superfície do torrão fique 5cm. acima da
superfície do solo. Retira-se o fundo do recipiente da muda, coloca-se o
torrão na cova e vai-se retirando o plástico, chegando-se terra e
comprimindo-a. Prepara-se "bacia" com terra em volta da muda e
cobre-se com palha ou capim sem sementes. Irriga-se com 20 litros de água;
caso haja falta de chuvas pós-plantio, irrigar a muda, semanalmente, com 20
litros de água.
Manter controle de ervas daninhas roçando-se as ruas e efetuando capinas em
"coroamento" com raio igual ao da copa da planta, pelo menos.
Eliminar ramos secos, ou doentes ou praguejados ou ainda aqueles mal
situados que dificultem formação da copa ou frutificação.
Sugere-se,
para adubação em cobertura, a aplicação das quantidades de adubos abaixo
relacionadas - por planta, por vez; no início da estação chuvosa, em
cobertura sob a copa, incorporando a mistura levemente ao solo.
FACULDADE DE CIÊNCIAS
AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS/UNESP CÂMPUS DE JABOTICABAL
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas
Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Fonte
de pesquisa: Páginas da Internet
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