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Graviola
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Nome Científico:
Annona muricata L.
Família: Annonaceae
Origem e dispersão: a gravioleira é originária da América Central
e dos vales peruanos, é cultivada na Colômbia, Venezuela, Porto Rico, México,
Havaí e algumas regiões da África e Ásia.
Características: a gravioleira possui hábito de crescimento ereto,
podendo atingir até 8 m de altura, com caule único e ramificação assimétrica.
Clima e Solo: a gravioleira desenvolve-se bem em regiões de clima
tropical e subtropical, em altitudes inferiores a 1200 m. A gravioleira
adapta-se bem a diversos tipos de solo, desde que sejam profundos e bem
drenados com pH (acidez) entre 5,5 e 6,5.
Propagação: a gravioleira pode ser propagada através de sementes
e, vegetativamente, por enxertia (borbulhia ou garfagem).
Variedades: foram introduzidas no Brasil algumas seleções com
Morada, Blanca, Lisa, FAO I e FAO II.
Utilização: a graviola é utilizada para confecção de suco,
sorvete, creme e doces.
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O fruto é
uma baga composta ovóide, geralmente assimétrico, em função da polinização
deficiente e mesmo pelo efeito de ataques de pragas, de 15 a 40cm de
comprimento, por 10 a 20cm de diâmetro, cujo peso oscila de 400g a 10kg,
com média de 2 kg/fruto. A casca é verde-escura, quando os frutos estão
desenvolvidos, é verde-clara, no ponto de colheita. Possui espículas
parecidas com espinhos carnosos, moles e recurvados.
Cada planta produz, em média, de 12 a 24 frutos. A polpa é branca, muito
sucosa e subácida, com sementes geralmente pretas, quando retiradas do
fruto, ficando, alguns dias depois com coloração marrom escura a
marrom-clara ou castanha, encontradas em número aproximado de 100 por
fruto. Em estado silvestre, ocorre tanto nas Antilhas como em vários pontos
da Amazônia, podendo sua origem ser compartilhada por várias regiões.
Como em grande parte das áreas de ocorrência a presença da planta se dá
na forma domesticada, fica ainda mas difícil estabelecer exatamente sua
região de origem.
Hoje é encontrada em
cultivos que se estendem por toda a América Tropical, desde o sul da Flórida,
até o sul do Brasil, mas encontra-se dispersa também em outras áreas
tropicais. Adapta-se bem em climas subtropicais e pode ser cultivada em
altitudes que variam do nível do mar a 1.120 metros, mas não tolera
geadas. É boa fonte de vitaminas do complexo B, importantes para o
metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras, incrementando o cardápio
com vitaminas e minerais, bom para a saúde. É ruim para pessoas com
caxumba, aftas ou ferimentos na boca, que devem evitar consumi-la in natura,
pois sua acidez é irritativa e pode provocar dor.
ASPECTOS GERAIS:
Tem-se como origem da gravioleira as terras baixas da América Tropical e
vales peruanos; conhecida como guanábano (língua espanhola), soursop (lingua
inglesa) e corossolier (língua francesa) é fruta tropical importante nos
mercados da América Tropical sendo a Venezuela o maior produtor
sul-americano. A sua importância comercial no Brasil é pequena apesar da
demanda crescente pela polpa do fruto no país, no Oriente Médio e na
Europa (Alemanha e Espanha). No Nordeste brasileiro o município cearense de
Trairi mantém plantios organizados dessa fruteira.
BOTÂNICA/DESCRIÇÃO/VARIEDADES:
A gravioleira é conhecida como Anona muricata, L, Dicotiledonea, Anonaceae.
Tem hábito de crescimento ereto, pode alcançar 4 a 8 m. de altura quando
adulta, abundante sistema radicular, caule único com ramificação assimétrica.
As flores são perfeitas, hermafroditas, verde-escuras a verde-claras. O
fruto - graviola - também conhecido como jaca-de-pobre, jaca-do-pará, coração-de-rainha,
araticum manso, é uma baga composta (sincarpo) com peso oscilando entre 0,4
Kg. a 10 Kg, comprimento médio em 30 cm. e formato de coração; a casca
tem espículas carnosas moles e é verde-clara na colheita. A polpa é
branca sucosa. A semente com 1 a 2 cm. de comprimento, peso 0,59 g. (170
sementes/100 g.) é preta na sua retirada do fruto passando a marrom dias após;
de ordinário encontra-se 100 sementes por fruto.
A composição de 100 g. de polpa é: 60 calorias, 1 g. de proteina, 24 mg.
de cálcio, 28 mg. de fósforo, 0,5 mg. de ferro, 20 mmg. Vit. A, 0,07 mg.
Vit. B1, 0,05 mg. Vit. B2, 26 mg. Vit. C.
- No Nordeste brasileiro predomina o tipo de graviola nordestina ou crioula
( com frutos cordiformes, pesando entre 1,5-3,0 Kg., polpa mole, doce a sub-ácida).
A EMBRAPA/CPAC (Cerrado) introduziu no país gravioleiras colombianas
(1981); dentre elas sobressae-se a Morada (que produz 40 Kg. de
polpa/planta/ano, frutos grandes - 3 a 10 Kg. - redondo a cordiforme, polpa
firme, sabor sub-ácido; a planta é tolerante ao ataque de brocas).
USOS DA GRAVIOLEIRA:
Planta: Alcaloides, como a anonina e a muricuna, são extraídos da
casca do tronco, das folhas e das sementes; são destinados à produção de
inseticidas.
Fruto: A polpa é consumida ao natural, com açúcar ou compondo
refrescos, sucos e sorvetes apesar de ser de difícil digestão (1,8% de
celulose).
Prestando-se bem ao processamento a polpa é utilizada na indústria para
produção de sucos concentrados, polpas congeladas, néctar, geléias,
cremes, bebidas (Cuba), diuréticos e xaropes anti-escorbuticos.
NECESSIDADES DA PLANTA:
Planta originária de regiões de clima tropical a gravioleira também
desenvolve-se em regiões de clima sub-tropical e tem boa adaptabilidade ao
Nordeste brasileiro.
CLIMA:
Requer temperatura média anual entre 25ºC a 28ºC (21-30ºC sem quedas
abaixo de 12ºC), chuvas acima de 1.000 mm./ano bem distribuídos (100 mm./mês),
com período seco na frutificação, umidade relativa do ar entre 75 e 80%.
A região quente do semi-árido nordestino, com irrigação artificial,
induz boa vegetação e produção à gravioleira.
Fonte
de pesquisa: Livro de Frutas exóticas e Páginas da Internet FACULDADE
DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS/UNESP CÂMPUS DE JABOTICABAL
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