Goiaba

Nome popular: goiabeira

Nome científico: Psidium guajava L

Família botânica: Myrtaceae Origem: América Tropical

Características da planta:
Árvore com até 7 m de altura, tronco com casca escamante e avermelhada. Folhas pilosas na face superior quando jovens. Flores brancas que surgem de setembro a novembro.

Fruto:
Forma ovóide, de coloração verde-amarelada quando maduro, muito aromático. Polpa abundante que envolve muitas sementes, duras, pequenas e de formato reniforme. Surgem de dezembro a marco.

Cultivo:
Propagação por enxertia. Planta rústica que prefere regiões de clima quente e suporta até geadas leves. Não é exigente quanto ao solo, porém desenvolve-se melhor em terrenos férteis, drenados e profundos.

Pimentel Gomes nos diz que a goiabeira é originária da América tropical, em especial da região do Brasil e das Antilhas, onde pode ser encontrada em grande variedade. Sua enorme dispersão no continente americano teria ocorrido, provavelmente, em virtude da atração irresistível que os pássaros e outros pequenos animais têm por seu delicado e penetrante perfume. 

Da América do Sul e Central, a goiaba foi levada pelos navegantes europeus para as colônias africanas e asiáticas, espalhando-se por todas as regiões tropicais do globo.

Planta rústica que cresce em todo tipo de solo graças à sua extrema vitalidade e resistência, a goiabeira pode ser cultivada até mesmo em regiões subtropicais. Hoje em dia, a goiaba é bastante comum na África, na Ásia e na Oceania, locais onde ocorre de maneira subespontanea ou cultivada, ocupando extensas áreas como em suas terras de origem.

Eurico Teixeira afirma que a diversidade de nomes indígenas existentes para designar o fruto da goiabeira demonstra que a goiaba é planta de distribuição vasta e bastante antiga: xaixocotl, no México; shuinto na língua quéchua do Peru; guayaba ou guava nas Antilhas; araçaíba, araçá-guaçu, araçá-goiaba ou goiaba no Brasil.

Aliás, as denominações dadas à fruta, no Brasil, fazem lembrar a grande semelhança existente entre a goiaba e o araça. De fato, a goiabeira e o araçazeiro têm certa proximidade e o sabor de seus frutos é muito semelhante.

No Brasil, as folhas e os botões florais da goiabeira são de ampla utilização na medicina caseira, sendo a sua infusão comumente aplicada no tratamento de desarranjos intestinais, especialmente infantis. A espessa, porém tenra, casca de seus frutos contém altos teores de tanino, o que a torna indicada para a indústria cosmética, em formulações destinadas ao cuidado de peles oleosas e em preparados antitranspirantes.
De polpa branca ou vermelha, contendo as vitaminas A, B e C, a goiaba, quando amadurece, é fruta doce.

Antigamente, no tempo da infância de nossos pais e avós, a goiaba era a dona absoluta dos pastos, dos quintais e dos pomares caseiros. Suas árvores, que frutificam em abundância, produziam em tamanha quantidade que sobravam frutas para os insetos, para os passarinhos, para os animais e para as brincadeiras da criançada. E ainda dava para fazer uma infinidade de doces, compotas e geléias.

Nascidos provavelmente nas casas grandes dos engenhos nordestinos, onde se deu o encontro formidável da fruta com o açúcar, os doces feitos com a goiaba transformaram-se em símbolo da arte da doceira no país. Combinação tão "saborosamente brasileira", como diz Gilberto Freyre, o doce de goiaba ou a goiabada-cascão, acompanhadas de queijo branco ou de requeijão, transformam-se em iguarias e alimentos de consistência e são, de longe, as sobremesas brasileiras populares por excelência.

Mas, foi apenas nos anos 70 que se iniciou, no Brasil, a produção de goiabas em escala industrial. Cultivada em grandes pomares voltados para o comércio, para a exportação e para a indústria de doces e sucos, a produção da goiaba se sofisticou. A qualidade e a produtividade das árvores aumentaram consideravelmente, permitindo a adequação da produção aos padrões e às necessidades dos consumidores internacionais.

Com o manejo adequado da planta e com a poda das árvores nos períodos certos, passou-se a obter uma fruta muito maior e mais carnuda do que aquelas provenientes de pomares caseiros, além de permitir a produção contínua e volumosa das árvores. Além disso, uma goiabeira, planta naturalmente generosa, quando faz parte de um pomar bem formado, de idade adulta e tecnicamente conduzido, pode chegar a render a considerável quantia de 100 Kg de frutas por ano.

E, assim, a fruta singela e nativa ganhou status de nobreza, até chegar a uma produção de grandes quantidades anuais, especialmente obtidas nos pomares bem cuidados do sudeste do Brasil, onde se destaca a região de Ribeirão Preto em São Paulo, e das superplantações irrigadas do Vale do Rio São Francisco, na Bahia e em Pernambuco.

1. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA

A goiaba (Psidium guajava L. ) pertence à família Myrtaceae, que é composta por mais de 70 gêneros e 2.800 espécies, distribuídas nas regiões tropicais e sub-tropicais do globo, principalmente na América e na Austrália.
Os gêneros desta família mais importantes para a produção de frutos são:

Eugênia onde destacam-se as espécies:
E. jambos L. (jambo)
E. uniflora L. (pitanga)
E. uvalha (uvaia)
E. tomentosa (cabeludinha)

Feijoa que tem como espécie mais importante F. sellowiana Berg. (goiaba serrana).
Myrciaria onde destaca-se a Myrciaria spp (Jabuticaba)
Psidium com cerca de 150 espécies, das quais destacam-se:
P. guajava L. (goiaba – 2n = 22)
P. cattleianum Sabine (araçá-de-praia, araçá-doce, araçá-de-coroa)
P. guineense Swartz ou P. araçá Raddali. (araça-verdadeiro ou araçá-azedo). Apresenta folhas muito semelhantes às da goiabeira.

2. ORIGEM

A goiabeira é originada nas regiões Tropicais Americanas, onde aparece vegetando desde o México até o sul do Brasil. Atualmente, é cultivada em todas as regiões tropicais e sub-tropicais do mundo.

3. BIOLOGIA

Árvore de porte pequeno a médio, geralmente de 3-5 m de altura, tortuosa, esgalhada, às vezes atingindo 8m de altura, de casca lisa, delgada, castanho arroxeada, que, quando velha, se desprende em lâminas. Os ramos do ano, com comprimento médio de 60-150 cm, direcionam-se paralelamente ou perpendicularmente ao solo. Apenas destes ramos surgem as inflorescências, o que caracteriza a goiabeira como planta que produz em “ramo do ano”. As flores são hermafroditas, sem glândulas nectaríferas, com androceu formado por numerosos estames (cerca de 350). O gineceu, com ovário ínfero, é tri ou tetra locular, com numerosos óvulos. O fruto é uma baga globosa. Internamente, apresenta um mesocarpo de textura firme e quatro a cinco lóculos, cheios por uma massa de consistência pastosa, onde estão numerosas sementes.
Nome Popular: Goiaba Paluma          

Nome Científico:
Psidium guajava L.

Família Botânica: Myrtaceae

Origem: Brasil

Características Gerais: Desenvolvida no Brasil, mais exatamente na UNESP de Jaboticabal, a híbrida Paluma, variedade da goiaba vermelha, oferece um fruto de cor vermelha profunda e sabor mais intenso que as variedades Pink cultivadas em outros países.

Ela é, provavelmente, uma das frutas mais saudáveis para consumo do planeta. Comparada com outras frutas normalmente ingeridas, a goiaba vermelha oferece níveis excepcionais de licopeno, vitamina C e fibras, entre outros. É também uma boa fonte de beta-caroteno, folato e das vitaminas B niacina e piridoxina.

Um artigo publicado pelo Centro para a Ciência no Interesse Público (Center for Science in the Public Interest), em 1998, descreveu a goiaba como a “Superfruta”. Quando comparada com as frutas mais comumente consumidas, ela mostra a mais excepcional combinação de nutrientes.


A goiabeira é uma planta tropical e oferece condições ótimas de cultivo em quase todas as regiões do Brasil.

Não existem goiabas modificadas geneticamente.

A goiabeira é uma árvore perene e produz frutos comercialmente por pelo menos 15 anos. Pelas características próprias de seu cultivo, a goiabeira permite o respeito ao período de carência da pequena quantidade de agrotóxicos empregados no seu cultivo. Assim, por ocasião da colheita, já não haverá risco para o consumidor por esse motivo, sejam as goiabas consumidas na mesa ou levadas para processamento industrial.

Existem plantações de goiaba que oferecem excelentes frutos sem a necessidade de irrigação, sobre tudo na região sudeste do País (ainda a maior produtora brasileira).

Em verdade, a goiaba constitui uma planta digna de uma cultura preocupada com a manutenção do meio ambiente.


FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS/UNESP CÂMPUS DE JABOTICABAL
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas Exóticas (Funep, FCAV/Unesp) 
Fonte de pesquisa: Páginas da Internet
 

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