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Figo
Nomes Populares -
Figo roxo (figueira)
Nome Científico - Ficus carica L. / família Moraceae.
Origem - Região do Mediterrâneo
Partes usadas - Folhas e frutos.
Características da planta - Árvore de crescimento amplo que
pode atingir até 8 metros de altura. O caule tortuoso e a casca
cinzenta e lisa, ramos frágeis. Flores muito pequenas, desenvolvem-se
no interior da chamada fruta do figo, quando ainda verdes.
Fruto - A estrutura carnosa e suculenta de formato periforme,
comestível, de coloração brancoamarelada até roxa, conhecida como
"figo", encerra em seu interior os inúmeros frutos desta
espécie, que são freqüentemente confundidos com sementes.
Cultivo - Adapta-se a qualquer tipo de solo, preferindo os
profundos e permeáveis. Porém, requer clima temperado, não
suportando geadas. Sua multiplicação se dá por estaquia. Frutifica
conforme poda ou o ano todo.
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Informações
gerais - Presume-se que as primeiras figueiras com toda a sua história
e seus mistérios, tenham chegado às terras brasileiras já no século XVI.
Sob a orientação do Instituto Agronômico de Campinas, após a queda da
produção cafeeira no início dos anos 30 e muitas vezes, em substituição
a mesma, deu-se um grande impulso à produção de figos associada à de
uvas no estado de São Paulo. Ali se destacavam as regiões compreendidas
entre Campinas, Itatiba, Valinhos, Jundiaí, São Paulo e Mogi das Cruzes,
sendo algumas delas até os dias de hoje, bastante produtivas.
O fruto da figueira é geralmente identificado como o figo, propriamente
dito. No entanto, este não passa de um receptáculo carnoso, de casca fina
e macia, em cujo interior encontram-se os verdadeiros frutinhos, as
sementinhas e os restos das flores da figueira sendo todo conjunto
completamente comestível. Por dentro, a massa rosada ou esbranquiçada é
refrescante e se desmancha na boca, podendo variar o seu sabor entre o
insípido e o muito doce.
Assim, de
acordo com sua destinação futura, os frutos das figueiras devem ser
colhidos em diferentes estágios de maturação: os figos verdes se destinam
basicamente à industrialização de
doces em compotas; os inchados são usados para a produção do figo-rami,
espécie de passa de figo; os maduros são para produção de doces em pasta
ou figada, ou ainda para consumo in natura.
Conforme as características de suas flores e formas de frutificação,
existem quatro tipos gerais de fícus carica:caprifigo, smirna, comum e São
Pedro Branco, sendo que as variedades mais cultivadas em todo o mundo
pertencem ao tipo comum. No Brasil, ocorre o mesmo: a variedade roxo de
Valinhos (município do interior de São Paulo onde a produção de figos é
bastante antiga e volumosa) é a mais cultivada comercialmente e pertence,
também, ao tipo comum.
A figueira desenvolve bem nas regiões subtropicais temperadas, mas tem
grande capacidade de adaptação climática.
No Brasil,
exemplo de adaptabilidade é o sucesso obtido em culturas tanto no estado do
Rio Grande do Sul, em região de clima frio, como nas regiões serranas do
estado de Pernambuco, no
Nordeste quente do país. Essa capacidade de adaptação se reflete também,
no porte da árvore,
que pode variar muito dependendo do clima da região em que tenha nascido e
do tratamento que lhe for dispensado.
A CULTURA DO
FIGO
Frutífera da família Moraceae, originária da região arábica
mediterrânea, apresenta folhas caducas que caem no outono-inverno. A
figueira se desenvolve melhor nas regiões subtropicais temperadas, mas é
de comportamento cosmopolita, com grande capacidade de adaptação climática.
Apresenta porte arbustivo nos pomares paulistas, conduzidos sob poda drástica.
Os figos destinam-se ao consumo in natura ou à industrialização, em forma
de doces em calda (verdes e inchados), cristalizados, figada e secos do tipo
rami.
CULTIVAR: Roxo de Valinhos ou clonal similar.
MUDAS E PLANTIO: estacas enraizadas. Mudas de raízes nuas: em junho
a julho; em recipientes: em qualquer época, porém, de preferência, na
estação das águas. Utilizar mudas provenientes de viveiros livres de
nematóide; evitar o aproveitamento de filhotes que se formam junto do
tronco das plantas adultas. A estaquia direta no campo é um processo de
multiplicação que pode ser conveniente pela maior rapidez na implantação
do figueiral, sob condições favoráveis de clima e solo.
COLHEITA:
dezembro a abril. Safras comerciais a partir do 2º ano de instalação do
pomar e colheita manual dos frutos, em dois a três repasses semanais, nos
estádios: maduro, inchado ou verde, conforme a destinação do produto.
PRODUTIVIDADE
NORMAL: 20 a 22 t/ha de frutos maduros ou inchados, ou 10 t/ha de verdes
em pomares adultos racionalmente conduzidos.
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS/UNESP CÂMPUS DE
JABOTICABAL
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas
Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Fonte
de pesquisa: Páginas da Internet
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