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Fruta
de tatú
Nome
popular: fruto-de-tatu
Nome científico: Chrysophyllum soboliferum Rizzini
Família botânica: Sapotaceae
Origem: Regiões de Cerrado do Brasil
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Características
da planta: Planta rasteira de até 20 cm de altura. Folhas verdes,
grandes e brilhantes.
Fruto: Globoso de casca amarelada e polpa branca que envolve de I a 2
sementes. Frutifica de novembro a janeiro.
Cultivo: Espécie silvestre, propaga-se por sementes.
A fruta-de-tatu é nativa das áreas centrais do Brasil, onde estão os domínios
do Cerrado. Espécie arbustiva, a fruta-de-tatu ocorre em meio às formações
em que predominam os agrupamentos pouco densos, basicamente formados por árvores
baixas, com ramificações irregulares, troncos retorcidos e casca espessa,
e que não escondem a superfície do solo.
A fruta-de-tatu, de porte baixo e raramente ultrapassando 30 a 50 centímetros
de altura, pode também ser encontrada nas áreas em que a vegetação é
essencialmente herbácea e arbustiva.
Muitas dessas plantas, que aparecem como plantas rasteiras à superfície,
crescem como verdadeiras árvores solo abaixo, num intrincado sistema de
troncos, galhos e raízes. Uma delas é o cajuí (Anacardium humile), cujos
arbustos aparentemente independentes, encontrados na superfície e
espalhados por grandes áreas, estão todos interligados no subterrâneo.
Justamente, em meio a esta paisagem surge a planta conhecida como
fruta-de-tatu. Abundante nos campos do Cerrado, seus frutos, que são vários
a cada vez, nascem junto ao solo, bem na base do arbusto.
Parte
integrante desse ecossistema, a fruta-de-tatu é muito importante na dieta
da fauna da região e fundamental para a sua preservação. Dos tatus,
inclusive.
Os tatus - animais mamíferos representados de maneira especial nos cerrados
por diferentes espécies, tais como, o tatu-de-rabo-mole, o tatu-canastra, o
tatubola, o tatu-peba, o tatu-verdadeiro, entre outros apesar de se
alimentarem basicamente de larvas, vermes, carniça, pequenos vertebrados,
cupins, formigas, aranhas e outros insetos são, também, grandes
consumidores das frutas que caem das árvores na época da maturação. A
fruta-de-tatu, por nascer juntinho ao solo, poupa-lhes a espera pela queda
dos frutos maduros e facilita-lhes a busca de alimentos.
A fruta-de-tatu possui uma
polpa branca e mucilaginosa. Seu sabor característico permite que ela seja
consumida in natura ou na forma de sucos. Na verdade, trata-se de uma fina
película, envolvendo no máximo dois grandes caroços ou sementes, que são
chupados e, depois, mastigados até que se elimine a polpa que cobre sua
superfície.
Como várias
outras fruteiras nativas do Brasil Central, a fruta-de-tatu tem alguma
importância regional, destacando-se por possuir, como as outras, grande
aceitação popular.
Até hoje,
também como as demais, sua exploração tem sido feita de forma
extrativista e, muitas vezes, predatória.
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS/UNESP CÂMPUS DE
JABOTICABAL
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas
Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Fonte
de pesquisa: Páginas da Internet
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