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CAQUI
Nome popular: caquizeiro
Nome científico: Diospyros kaki L
Família botânica: Ebenaceae
Origem: Ásia
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Características
da planta: Arvore de até 12 m de altura com copa arredondada e
ramificada. Folhas brilhantes que caem no inverno. Flores branco-amareladas,
surgem na primavera e no verão.
Fruto: Forma esférica, levemente achatada. de coloração alaranjada,
amarelo-clara, amarelo-escura, roxo-clara a roxo-escura. Polpa viscosa, de
coloração vermelho-alaranjada. Frutifica de fevereiro a abril.
Cultivo: Adapta-se a climas frios e amenos, propagando-se por sementes,
estacas ou enxertias. Exigem solos profundos e úmidos. Os ventos muito
fortes prejudicam sua frutificação.
O caqui é fruta proveniente da Ásia, mais precisamente da China, de onde
foi levada para a Índia e para o Japão. Com o passar do tempo, durante milênios,
espalhou-se pelos cinco continentes.
Segundo Eurico Teixeira, o caqui cresceu em seu habitat em estado silvestre
desde tempos imemoriais. No Brasil, onde provavelmente chegou no final do século
passado, aclimatou-se muito bem e passou a frutificar ainda melhor do que em
seus países de origem, tendo se tornado produto de importante exploração
comercial. Provavelmente porque, como já dizia Pero Vaz de Caminha,
"nesta terra, em se plantando tudo dá"!
De clima subtropical, o caquizeiro perde as folhas completamente no inverno,
e, mesmo não sendo muito exigente com relação ao frio, sua produção
melhora consideravelmente nos anos de inverno mais intenso. A árvore
suporta bem o calor, desde que o inverno seja frio e ocorra na época certa.
Por isso ela se dá tão bem em São Paulo, no Paraná, no Rio Grande do Sul
e nas regiões altas de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Espalhados pelo Sul, pelo Sudeste e em algumas partes do Brasil Central,
mais de um milhão de pés de caqui garantem uma safra boa e de qualidade
para os produtores, comerciantes e amantes da fruta. Mais da metade dessa
produção é proveniente dos grandes pomares existentes no Estado de São
Paulo, especialmente nas regiões do Vale do Paraíba, de Campinas, de
Sorocaba e da Grande São Paulo, e se destinam, basicamente, ao mercado
interno.
São
muitas as variedades e os tipos de caqui existentes. Pimentel Gomes afirma
que ape-nas no Japão estão catalogadas mais de 800 variedades diferen-tes
da fruta, sendo algumas delas provenientes de exempla-res bastante velhos.
Para Eurico Teixeira, ' nenhuma fruta varia mais do que o caqui em forma,
tamanho, cor, polpa, sabor, cor da polpa, forma das sementes, textura e
grossura da casca".
Basicamente são cultivadas, no Brasil, três grandes tipos de caqui: os
taninosos ou sibugaki de coloração quase vermelha e que necessitam de um
tratamento especial após a colheita para se tornarem comestíveis, pois
deixam na boca uma sensação adstringente ruim em virtude do excesso de
tanino que possuem em sua composição; os amagaki que são os caquis doces
ou não taninosos, de polpa firme e mais amarelos quando maduros, e que
podem ser consumidos sem nenhum tratamento; e os variáveis, que podem tanto
ter polpa amarela e não possuir sementes nem tanino, como ter polpa escura
e possuir sementes e tanino.
Qualquer que seja a variedade considerada, o fruto do caquizeiro é quase
só polpa. De aparência gelatinosa e fria, concentrando boas quantidades de
caroteno (vitamina A) e vitaminas do complexo B e C, a polpa do caqui é
constituída basicamente de mucilagem e pectina, responsáveis pela
aparência característica da fruta. O seu teor de açúcar, que varia entre
14 e 18%, supera o da maioria das frutas de consumo popular.
Fruta elegante e delicada, é degustada basicamente in natura, à mesa e com
colher. Embora muito pouco conhecidas, existem receitas de sobromesas - tais
como: bolos, biscoitos e mousses - preparadas com o caqui.
Iguaria muita apreciada pelos descendentes de japoneses que vivem no Brasil,
a passa do caqui desidratado - que tem melhor qualidade se produzida com as
variedades de caqui de polpa mais firme, quando estes não estão nem muito
maduros nem verdes - é praticamente a única forma de se conservar a fruta
na entressafra. Esse processo, como aliás o de qualquer fruta-passa, tem a
grande vantagem de manter as qualidades nutritivas da fruta sem que lhe
sejam adicionados produtos químicos ou nocivos à saúde.
FACULDADE DE
CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS/UNESP CÂMPUS DE JABOTICABAL
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas
Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Fonte
de pesquisa: Páginas da Internet
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