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Nome
popular: caçari cauari
Nome científico: dubia (H B K..) McVaugh
Família botânica: Myrtaceae
Origem: Região Amazônica
Características
da planta: Arbusto de pequeno porte, podendo atingir até 3 m de altura,
caule com casca lisa. Folhas avermelhadas quando jovens e verdes
posteriormente, lisas e brilhantes. Flores brancas, aromáticas, aglomeradas
em grupos de 3 a 4.
Fruto: Arredondado, de coloração avermelhada quando jovem e roxo-
escura quando maduro. Polpa aquosa envolvendo a semente de coloração
esverdeada. Frutifica de novembro a marco.
Cultivo: Espécie silvestre que ocorre predominantemente ao longo das
margens de rios e lagos,com a parte inferior do caule e frequentemente
submerso.
O camu-camu, de acordo com resultados obtidos em experimentas realizados
pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), apresenta alto
valores nutritivos e, em especial, possui uma concentração de vitamina C
em sua polpa superior ao da acerola. Técnicos do INPA estão, também,
fazendo experimentos que procuram viabilizar comercialmente o seu cultivo,
tornando a planta mais produtiva. Para quem conhece os teores de ácido ascórbico
- ou vitamina C - contidos na acerola e a dimensão dos valores e ganhos
obtidos em sua exploração econômica, estas são importantes afirmações.
Fruto de planta nativa da Amazônia, o camu-camu cresce em arbustos ou
pequenas árvores e se encontra disperso em quase toda a região. Pode ser
encontrado, invariavelmente, à beira dos igarapés, rios ou em regiões
permanentemente alagadas, onde a parte inferior de seu caule pode ficar
imersa. Os frutos do camu-camu são pequenas esferas do tamanho de cerejas,
de casca mais resistente do que a acerola, lembrando a jabuticaba: sua
casca, ao se romper na boca, deixa escapar o caldo da polpa, que fica
envolto em uma semente única. Apresentam uma cor avermelhada que, à medida
que vão amadurecendo, passam a um roxo enegrecido.
Muitas vezes, as frutinhas são encontradas em tamanha quantidade, que o
colorido que dão à margem das águas amazônicas chama a atenção de
qualquer pessoa. Em Roraima onde ela pode ser encontrada em profusão, há
até mesmo um bairro da cidade de BoaVista que tomou emprestado da fruta o
nome de caçari pelo qual é mais conhecido na região.
Apesar de tanta abundância, o brasileiro nativo ainda não aprendeu a
aproveitar de toda a generosidade dessa planta. Quando muito, o camu-camu é
utilizado como passatempo e tira-gosto pelos pescadores nas longas horas em
que permanessem à beira d'água, próximos aos arbustos repletos. Na
pescaria, a fruta é também utilizada como isca para o tambaqui, um dos
melhores e mais comuns peixes amazônicos.
Atualmente,
é na Amazônia peruana onde vamos buscar algumas lições para a utilização
desta fruta. Ali, o camu- camu é pouco consumido in natura. Por ser
bastante ácido, apesar de doce, é fruta preterida para o preparo de
refrescos, sorvetes, picolés, geléias, doces ou licores, além de
acrescentar sabor e cor a diferentes tipos de tortas e sobremesas
confeccionadas à base de outras frutas. Em todos os casos, a casca deve ser
acrescentada juntamente com a polpa suculenta da fruta, pois, é ela que
concentra a maior parte de seus teores nutritivos e que carrega sua bonita e
atraente coloração vermelho- arroxeada.
O camu-camu é uma espécie tipicamente silvestre, mas com um grande
potencial econômico capaz de colocá-lo no mesmo nível de importância de
outras frutíferas tradicionais da região amazônica, tais como o açaí e
o cupuaçu.
Mas não é apenas ali que o camu-camu tem futuro: em São Paulo, no Vale do
Ribeira, região de mangues e de clima quente e úmido semelhante ao da Amazônia,
a planta já começou a ser cultivada com sucesso.
FACULDADE DE
CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS/UNESP CÂMPUS DE JABOTICABAL
Informações mais completas podem ser encontradas no Livro Frutas
Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Fonte
de pesquisa: Páginas da Internet
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