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Banana
Nome
popular: bananeira
Nome científico: Musa X paradisiaca L
Família botânica: Musaceae
Origem: Sul da Ásia e Indonésia, mas houve uma ótima
adaptação ao solo, sendo um dos produtos campeões de exportação,
principalmente para a América do Norte e Europa.
Características
peculiares: O caule, subterrâneo, segue no sentido
horizontal, de onde surgem as folhas, crescendo para fora do solo; daí há
a formação de um falso tronco, de onde saem as flores, que se transformam
no cacho de bananas e daí nascem pencas com muitos frutos. Este ciclo
acontece apenas uma vez; depois da formação do cacho de bananas, outro
ciclo recomeça, a partir do caule subterrâneo, que forma outro cacho e
assim sucessivamente.
Fruto: Alongado, de casca mole, com a polpa carnosa de coloração
amarelada, variável de acordo com a variedade.
Cultivo: Propaga-se por rizoma, por não possuir sementes. Pode ser
plantada em todo o território brasileiro durante a estação chuvosa,
produzindo o ano todo. As variedades mais cultivadas são: prata, nanica, maçã,
terra e pacova. Cresce em áreas com muito sol e não suporta solos
encharcados. Um cacho fornece de s a 40 kg, dependendo da variedade.
As bananas são, provavelmente, oriundas do quente e úmido sudeste asiático,
de onde provêm os mais antigos registros de seu cultivo e as mais antigas
lendas construídas a seu redor. Para muitos, a antigüidade e a origem asiática
da banana são fatos incontestáveis.
Supõe-se que, ao longo de sua longa existência, a bananeira foi perdendo a
capacidade de se multiplicar por sementes. De acordo com Paulo Cavalcante,
este fato é ainda outro indício de que o homem aprendeu a cultivar a
bananeira há muito tempo atrás, "desde os tempos primordiais da
origem da humanidade".
Hoje, excetuando-se algumas espécies silvestres, a bananeira só pode se
multiplicar por processos vegetativos, ou seja, através de rebentos
nascidos de outras plantas ou mudas. Se o seu processo de propagação não
for controlado e houver espaço, a bananeira pode dar a impressão de que
caminha de um lado para outro, uma vez que seus rebentos vão se
distanciando pouco a pouco da matriz.
Assim, caminhando lentamente, desde tempos imemoriais, a banana vem se
espalhando por todas as regiões tropicais e subtropicais do globo, sendo,
nessas localidades, a fruta mais conhecida e cultivada.
Antes
da chegada dos europeus à América, ao que tudo indica, existiam algumas
espécies de bananeiras nativas. Seus frutos, porem, não eram comidos crus,
necessitando de preparo ou de cozimento prévio, não constituindo parte
principal da dieta das populações autóctones. Presume-se que foi apenas a
partir do século XV, portanto, que a banana, seu cultivo e seus usos foram
introduzidos no continente americano.
Atualmente, no Brasil, encontram-se bananas em qualquer parte, destacando-se
as regiões Nordeste e Sudeste como as maiores produtoras nacionais da
fruta.
A banana é, na verdade, o fruto de uma planta que pode ser descrita como
uma "erva gigante", como diz Paulo Cavalcante. Esta é, aliás,
uma das principais características de todas as Musáceas.
As flores da bananeira são exóticas, pequenas e envoltas por uma bráctea
arroxeada, quando jovem, conhecida como "coração da planta".
Seus frutos, que podem ser apanhados quando ainda completamente verdes,
nascem em grandes cachos, de aspecto e forma característicos, por uma única
e abundante vez. E as bananas, fruto das bananeiras, são o que todo mundo já
sabe e já provou.
Quando não maduras, as bananas são, em geral, de cor verde. Seu sabor é
adstringente e intragável: diz-se que quando a banana está verde ela
"pega" na boca. Isto porque, antes de sua maturação, as bananas
se compõem, basicamente, de amido e água. Tanto é assim que, com a
maioria das bananas verdes, pode-se produzir uma farinha extremamente
nutritiva, que tem inúmeras aplicações na alimentação, desde o preparo
de mingaus até biscoitos. Em seu processo de amadurecimento, a maior parte
desse amido contido nas bananas transforma-se em açúcar, glicose e
sacarose. E é por isso que, de maneira geral, a banana é uma das frutas
mais doces entre todas as frutas.
Bananas, existem muitas. As comestíveis são agrupadas em variedades de
acordo com a consistência e a coloração da casca e da polpa. Mas, para
cada função ou uso, uma é melhor do que a outra, respeitando-se as preferências
regionais e pessoais.
Bananas de mesa são, por exemplo, as variedades maçã, ouro, prata e
nanica - que, na verdade, é grande, levando esse nome em virtude da baixa
altura da planta em que nasce.
Bananas
para fritar são as variedades de banana da terra e figo; a nanica, deve ser
preparada apenas à milanesa porque, do contrário, desmancha-se na fritura.
A banana-chips, novidade deliciosa do norte do Brasil, é feita com a
variedade pacova. Banana para assar é, também, a nanica; no norte do
Brasil, a pacova. Banana para cozinhar é, especialmente, a variedade da
terra; e, também no norte, a pacova.
Banana para preparar a passa é a prata. Bananas para compotas são as
variedades figo e nanica. Bananas para bananadas, doces de colher e de
cortar, são de preferência a prata, mas também a nanica. Bananas para
farinha são quase todas, quando verdes. Além disso tudo, as bananas entram
como ingrediente em uma grande quantidade de pratos salgados típicos das
culinárias regionais brasileras. No Rio de Janeiro e em Pernambuco, o
famoso cozido, que entre tantos componentes - carnes, tubérculos, legumes e
verduras -inclui as bananas da terra e nanica. Especialidade do sul de Minas
Gerais é o virado de banana nanica, preparado com farinha de milho e queijo
mineiro. No litoral norte de São Paulo, o prato principal da culinária caiçara
chama-se "azul-marinho": postas de peixe cozidas com banana
nanica verde sem casca, acompanhado de um pirão feito com o caldo do peixe,
banana cozida amassada e farinha de mandioca. Na Bahia, embora não levem a
banana propriamente, podem ser incluídos o abará, o acaçá e a moqueca de
folha, uma vez que cozidos na folha da bananeira.
Digno de nota é também a aguardente feita de banana, um destilado de sabor
exclusivo e delicado, especialidade de comunidades caiçaras.
A banana está, também e de forma marcante, presente nas refeições
caseiras e nos "pratos feitos" servidos em bares e restaurantes,
Brasil afora: alimentando diariamente boa parte da população brasileira, a
banana nanica ou prata - é comumente servida crua para ser misturada ao
arroz-e-feijão e a tudo mais que houver para comer.
Considerada, por muitos, a fruta perfeita, a banana é fruta de muitas
qualidades: amadurece aos poucos, fora do pé, facilitando a colheita, o
transporte e o aproveitamento; é fácil de mastigar, nem muito dura, nem
muito mole; não dá trabalho para descascar; é fácil de comer e não suja
as mãos com sucos e caldos; tem um gosto bom, nem doce demais, nem azada; não
é enjoativa ou indigesta; é altamente nutritiva, bastando umas poucas para
matar a fome; é totalmente aproveitável e sem caroços; não tem espinhos,
nem fiapos e nem bichos; nasce em todo tipo de solo e pode ser encontrada
durante o ano inteiro.
O
elogio à banana não tem fim: Camara Cascudo, por exemplo, afirma que ela
tem ainda mais uma utilidade, desta vez para a ciência antropológica.
Sendo planta cuja propagação se dá, por excelência, através do cultivo,
a existência ou não de bananas na dieta alimentar de um grupo indígena ou
comunidade seriam, para ele, indicadores seguros de seu grau de isolamento.
E cita como exemplo o viajante geógrafo Karl von den Steinen, que, quando
esteve na área xinguana no final do século passado, espantou-se ao
descobrir que as populações que ali viviam não conheciam uma das melhores
e mais lindas frutas do Brasil. Dizia ele, sobre a cultura daqueles povos:
"Não há metais, nem cães, nem bebidas embriagadoras, nem bananas!
Eis a verdadeira idade da pedra...".
• Tipos:
Há, no mundo todo, mais de 100 (cem) variedades. Eis algumas mais
conhecidas:
Nanica: Outros nomes: - Banana d’água, Banana-da-China, Banana-anã,
Banana-chorona.
- Casca: Fina;
- Cor da casca: Entre amarela e verde (mesmo estando madura);
- Polpa: Doce, macia e com aroma que desperta o apetite. Cada cacho
costuma ter cerca de duzentas bananas.
Prata:
Outro nome: - Anã grande.
- Casca: Amarela ou amarelo-esverdeada;
- Polpa: Consistente; Não tão doce quanto a Nanica; é mais
rija.
- Tamanho: Aproximadamente 15 cm de comprimento;
- Forma: Reta
Da
Terra: - Outros nomes: - Pacovan, - Banana
Comprida, - Chifre de boi.
- Comprimento: cerca de 50 centímetros.
- Peso: Cerca de ½ quilo.
- Cor da casca: Amarelo-escura, com algumas manchas escuras quando estão
maduras.
- Polpa: Bastante consistente;
- Cor: rosada;
Consistência: Macia, mas compactada; - Mais rica em amido do que açúcar.
- Maior indicação: Ideal para cozinhar, assar ou fritar.
Maçã: Outro
nome: Banana branca.
- Tamanho: Cerca de 15 centímetros e peso de 150 gramas.
- Forma: Um pouco curva.
- Casca: Bem fina. Cor da casca: Amarelo-clara.
- Cor da polpa: Branca, bastante cheirosa e ótimo sabor;
- Maior indicação: Ótimo alimento para bebês, quando amassada e
misturada com aveia, biscoito ralado ou farinhas enriquecidas.
São
Tomé: Outros nomes: Banana-curta,
Banana-do-paraíso.
- Casca: 2 dois tipos, com a cor da casca roxa ou amarela.
- Polpa: Pouco apreciadas, devido à polpa amarela e ao cheiro muito
forte;
- Maior indicação: Consumir cozida, frita ou assada.
Ouro:
Outros nomes: - Dedo de moça, - Mosquito, - Imperador, - Inajá.
- Tamanho: Reduzido: Cerca de 10 centímetros de comprimento, o menor
de todas;
- Forma: Cilíndrica.
- Casca: Bem fina;
- Cor: Amarelo-ouro;
- Polpa: Adocicada;
- Sabor e aroma: Bastante agradáveis
- Maior indicação: Confecção de croquetes
Sapo:
- Forma: Angulosa, curta e grossa.
- Casca: Bastante dura
- Polpa: Rija.
- Maior indicação: Alimentar animais domésticos.
• Dicas
para comprar: Se a banana amadurecer no próprio
pé, ficará muito seca e a polpa ficará com consistência de farinha. O
ideal é que a fruta seja colhida ainda verde e mantida num local à sombra,
seco, na temperatura ambiente.
Ao comprar
para consumir logo, escolha a fruta que esteja inteira, tenha a casca
amarela, de aspecto rijo, sem marcas, sem manchas, nenhuma parte mole ou
alterada, e que as extremidades não estejam verdes. Porém, se preferir
consumir de imediato, prefira as que estejam ainda um pouco verdes, porque vão
amadurecendo aos poucos, e outras mais maduras, dando-lhe sempre uma fruta
pronta para consumo.
• Dicas
para guardar: Se quiser que as
bananas amadureçam mais rapidamente, embrulhe-as em folhas de
jornal, ou coloque junto outra banana que já esteja bem madura; ao contrário,
se quiser que amadureçam mais lentamente, compre várias, em pencas (nunca
soltas, pois estas amadurecem muito rapidamente); - Guarde-as em lugar
arejado e não na geladeira, porque perderá o sabor e se estragará mais
rapidamente; se já estiverem sem a casca, prefira mantê-la numa vasilha
bem lacrada, ou mesmo num saco plástico bem fechado, em lugar arejado,
podendo ser na geladeira, na gaveta das frutas, legumes e verduras.
Para que
elas não fiquem escurecidas, vale a pena pingar algumas gotas de limão,
pois, além de conservá-las melhor, melhorará o sabor e ainda dará uma
dose extra de vitamina C.
• Dicas
para consumo: Ao natural, como sobremesa ou pode ainda ser
usada nos mais variados tipos de prato, sejam doces ou salgados, tais como:
- salada de frutas; - bolos; - tortas; vitaminas; - sorvetes; -
mingaus; - recheios de aves e carnes; - farofas; - musses; -
sanduíches e tudo o mais que a sua criatividade culinária idealizar. Como
é de digestão fácil, já pode ser dada às crianças, a partir dos 6
meses de idade, e, como o teor de gordura é muito baixo é muito usada por
pessoas que têm problema de mau colesterol alto.
Ainda: - Em calda (retire toda a espuma para que a calda fique mais
transparente); - Frita (antes, porém, passe-a por farinha de trigo., para
que não absorva muita gordura).
Quanto
aos tipos:
-
Banana Da terra:
- Mais indicada para preparo pelo cozimento, fritura ou para assar;
- Banana Maçã: - Recomendada como alimento para bebês,
fica muito gostosa, quando amassada e misturada com aveia, biscoito ralado
ou farinhas enriquecidas;
- São Tomé: - Recomenda-se consumi-las cozidas,
fritas ou assadas.
Quando ainda verde, pode ser utilizada em diversos tipos de alimentos; há
receitas bastante saudáveis, nutritivas, que podem ser consumidas por
pessoas de todas as idades ou, usadas no fabrico de bananas chips
salgada, banana passa e mariolas, balas, etc.
• Composição:
A banana tem grande valor nutritivo: - Frutose (açúcar da própria fruta);
- Sais minerais (- potássio; - cálcio; - fósforo; - ferro; - magnésio, -
enxofre); - Vitaminas A, B1, B2 e C; - Proteínas; - 70% de água.
• Valor
Calórico: 90 kcal/100g.
• Indicações
terapêuticas: A banana é ótima para: - rins; -
fígado; - estômago; - prisão de ventre (dependendo do tipo, algumas
“soltam”, outras “prendem” os intestinos, mas assada, é um ótimo
antidiarreico); - insônia; - enxaqueca.
Utilidades
Medicinais:
Anemia
- A banana não é relativamente, muito rica em ferro, mas tendo em vista
sua boa aceitação, que facilita um consumo liberal, 3 a 5 unidades podem
contribuir aproximadamente com 20 a 30% da quantidade de ferro requerida
para um dia.
Asma - Assar a muda pequena da bananeira maçã, com raiz e
tudo, cortada em rodelas.Depois espremer para obter o caldo,misturar com mel
de abelha e tomar diariamente um cálice.
Constipação Intestinal - Recomenda-se a banana-nanica( ou
banana d'água ou banana caturra). Fazer, em jejum, uma refeição,com esta
banana,crua,sem misturar com outros alimentos.Pode-se fazer a "cura de
banana".
Desnutrição - A banana pode ser incluída no programa
alimentar de convalescentes de desnutrição, haja visto que é
alimento rico em calorias e vitaminas. Seria vantajoso incluí-la na
merenda escolar.
Obesidade - Os obesos não devem abusar da banana. É
preciso usá-la com regra. Algumas refeições esporádicas exclusivas de
banana prata.( 1 ou 2 unidades pequenas são indicáveis).
Paralisia - As doenças neurológicas que levam a
paralisias são às vezes tratáveis com vitaminas do complexo B. A banana,
como fonte dessas vitaminas é adequada nesses casos como elemento dietético.
BANANA
VERDE
A banana
verde é um caso à parte, pois está em fase de aproveitamento total,
inclusive industrialmente, em produtos tais como: bananas chips salgada,
banana passa e mariola (balas e palitos de banana). O Brasil é o segundo
maior produtor de bananas do mundo, mas precisa descobrir o valor alimentar
do fruto que ainda não amadureceu.
Os 370
milhões de cachos de banana desperdiçados por ano no Brasil (cerca de 60%
da produção, incluindo os 20% jogados no lixo já na casa do consumidor)
poderiam virar nhoque, sopa, croquete, pastel, pudim e até mesmo
brigadeiro.
PROJETO
PRÓ-BANANA VERDE - Dona Heloísa de Freitas
Valle - criadora do projeto Pró-Banana Verde, com o apoio da Ufscar -
Universidade Federal de São Carlos, no interior paulista, e do
Disque-tecnologia, da USP - Universidade de São Paulo, está auxiliando
pesquisas para diversas análises sobre o uso da fruta na indústria alimentícia.
A biomassa, nada mais do que a polpa cozida e processada, podendo entrar
também na fabricação de sucos, por exemplo.
A vantagem de inseri-la na alimentação está na composição nutricional:
alto índice de amido (19,5% a 21,5%) e pouco açúcar (0,1 a 0,2%), quando
comparada à fruta madura que apresenta 1,5% a 2% de amido e 18,5% e 19% de
açúcar.
A Biomassa é simples de fazer, como será mostrado em seguida, passo a
passo:
1 - Lave as bananas verdes não climatizadas com casca, uma
a uma, utilizando esponja com água e sabão, e enxágüe bem.
2 - Numa panela de pressão com água fervente (para criar
um choque térmico) cozinhe as bananas verdes com casca, cobertas com água,
por 20 minutos. Desligue o fogo após os primeiros 8 minutos e deixe que a
pressão continue cozinhando as bananas. Espere o vapor escapar
naturalmente. Não force o processo, abrindo a panela debaixo da água da
torneira, por exemplo. 3 - Ao término do cozimento
mantenha as bananas na água quente da panela. Vá aos poucos tirando as
cascas da polpa, que deve ser passada imediatamente no processador. É
importante que a polpa esteja bem quente para não esfarinhar. Processe até
obter uma pasta bem espessa.
4 - O produto que sai do processador é a
biomassa bruta da polpa.
5 - Se não for utilizar imediatamente, guarde a polpa em
um saco plástico hermeticamente fechado na geladeira, onde se conservará
por, no máximo, 8 dias. Pode ser guardada por 3 a 4 meses no congelador,
mas necessitará de um reprocessamento para ser utilizada.
CULINÁRIA: Eis
alguns pratos que podem ser preparados com a banana verde:
CORAÇÃO
DE BANANA COM CARNE MOÍDA / MAIONESE / VIRADINHO DE CASCA DE BANANA /
PEIXE COM BANANA VERDE / PIRÃO DE BANANA VERDE / MINGAU DE BANANA VERDE e o
que mais a criatividade permitir.
Fonte
de pesquisa: Páginas da Internet
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