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AMORA
Nome Científico:
Morus sp.
Família: Moraceae
Origem e dispersão: a amoreira-branca (M. alba) é originária das
partes temperadas da Ásia Oriental, de onde se espalhou lentamente para
todas as partes do mundo. A amoreira-preta (M. nigra) é originária da Pérsia.
Características: a amoreira-preta, que é de interesse para a
fruticultura, é uma planta de pequeno a médio porte (8-12m) de folhas
caducas, inteiras ou lobuladas, serrilhadas ou dentadas, duras e codiformes;
sem espinhos; as flores são monóicas ou dióicas; o fruto é um aquênio
ovóide e comprido, coberto pelo cálice suculento e de coloração roxa,
quase preta.
Clima e Solo: as amoreiras crescem bem em todo o Brasil, embora seja
considerada por muitos como uma planta de clima temperado. São plantas
bastante rústicas, adaptando-se a diversos tipos de solo, exceto os
sujeitos ao encharcamento.
Propagação: as amoreiras podem ser propagadas vegetativamente por
meio de estacas.
Variedades: na literatura, são encontrados relatos das variedades
lobada, laciniada, scabra e dentada.
Utilização: as amoreiras são utilizadas devido aos seus frutos,
que podem ser consumidos “in natura” ou industrializados na forma de geléias,
compotas, cristalizados, doces em massa, vinho, vinagre, etc., e pelas suas
folhas, que servem de alimentação para o bicho-da-seda.
• Origem:
Ásia - É da mesma família de outras frutas como, por exemplo, jaca, figo,
fruta-pão. Por ser muito versátil e perfeitamente adaptável a vários
tipos de solo e de clima, com especial preferência pelos húmidos, e já
foram encontradas nos Estados Unidos da América, no Ártico, e em muitas
ilhas oceânicas. No Brasil, principalmente a negra, floresce em vários
Estados: Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e,
principalmente, no pioneiro, Rio Grande do Sul.
• Tipos: Há três espécies: vermelha (Morus
rubra), branca (Morus alba) e preta (Morus nigra); a branca é usada para
criação do bicho-da-seda, que se alimenta das folhas da amoreira, enquanto
a preta é comestível e muito apreciada, não só pelo seu sabor
especial, como pelo seu tamanho maior, além de ser muito usada em ornamentação.
• Características:
Tem sabor levemente ácido e adstringente.
• Dicas
para comprar: O comércio regular, ao natural, é quase
inexistente, mas ainda podem ser encontradas, esporadicamente, em algumas
feiras livres. Caso encontre, observe alguns cuidados: - é uma fruta muito
frágil e que rapidamente fica perecível, sinal de que se deve consumi-la
de imediato, tão logo seja colhida ou comprada.
• Dicas
para consumo: Tire o pequeno cabo que ela apresenta, descarte
as que estiverem muito moles, lave bastante em água corrente, escorrendo em
seguida. É comum encontrar produtos feitos com amora, tais como: geléias,
compotas, doces diversos.
• Composição:
Muito rica em Vitaminas (A, B, C); tem ácido cítrico na sua composição,
bastante água (cerca de 90%), carboidratos, sais minerais (fósforo, ferro,
sódio, cálcio, potássio, estes últimos, em concentração
generosa), fibras e ácido fólico.
• Valor
calórico: 75 - Quantidade correspondente a uma xícara
de chá.
Indicações
Terapêuticas: É uma
fruta com as seguintes propriedades: - antissética; - depurativa; -
digestiva; - refrescante; - antihemorrágica; - controladora da pressão
arterial; - sedativa; - antioxidante; - vermífuga; - diurética; -
anti-herpética (tanto para o herpes labial quanto para o genital, segundo
estudos de uma Universidade de Taiwan); - anticancerígena.
• É
eficaz nos seguintes casos:
-
Afta - Bochechar com suco de
amora-preta, quente, adoçado com mel.
-
Amigdalite - Suco de amora -
preta, quente, adoçado com mel; tomar aos goles. Pode-se também preparar
um xarope deste suco, bastando cozê-lo até engrossar um pouco. Fazer
gargarejos com o xarope, ou tomá -lo às colheradas, deixando descer
suavemente pela garganta.
-
Bronquite - Infuso da casca da
raiz, morno, para combater a tosse. Tomar morno, às colheradas. Em excesso
é purgativo. Para preparar um infuso, deitar água fervente sobre as cascas
das raízes bem picadas, tapar o recipiente, e deixar esfriar.
-
Queda de Cabelo - Massagear o
couro cabeludo com o infuso das folhas da amoreira.
-
Secreções catarrais -
Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas recomenda - se o
gargarejo com o chá morno das folhas da amoreira.
-
Doenças das Cordas Vocais -
Suco de amora preta, quente, adoçado com mel.Tomar vagarosamente.
-
Diarréia - Usar xarope de
amora, conforme explicado em amigdalite. Tomar não mais de 2 colheres de
sopa por vez, com intervalos mínimos de 2 horas.
Obs.: Pessoas com intolerância a salicilatos (aspirina), devem ingerir a
fruta com muita moderação.
AMORA
Branca
Nome
Popular: As amoras-do-mato englobam três espécies do gênero Rubus,
que possuem os mesmos nomes populares e os mesmos usos medicinal e culinário,
embora apresentem hábitos diversificados.
As espécies e seus nomes populares são:
Rubus rosaefoluis Smith: amora-silvestre, amora-brava, amora-de-são-francisco,
amora-do-campo, amora-do-mato e amora-vermelha.
Rubus brasiliensis Mart.: amora-branca, amora-brava, amora-da-silva,
amora-de-são-francisco, amora-do-mato, amoreira-do-brasil, sarça-amoreira,
silva e silva-branca. Aparecem principalmente nos estados do Rio de janeiro,
Paraná e Minas Gerais.
No Brasil, a amora-silvestre é cultivada como cerca-viva, à margem de
estradas em Minas Gerais e também do rio de Janeiro ao Paraná.
Nome Científico: Rubus rosaefolius Smith, Rubus brasiliensis Mart. E
Rubus urticaefolius Sairet.
Família Botânica: Rosaceae.
Usos Medicinais Populares: Essas três espécies do amora-do-mato –
silvestre, branca e preta – são usadas na medicina caseira. Suas folhas e
brotos são antidiarréicos poderosos. Por isso, aconselha-se não exagerar
na quantidade de chá.
AMORA
Preta
Existe um número
elevado de espécies dentro do gênero, perto de 300, altamente
heterozigotas e também híbridas. Sua origem não é muito definida,
possuindo características de adaptação climática muito variada, podendo
encontrar cultivares com exigência em frio desde 100 horas até cultivares
que exigem 1000 horas de frio (abaixo de 7,2 o C) para quebra da dormência.
Já foram observadas espécies no Hemisfério Norte (EUA, onde seu cultivo
racional se iniciou no século passado), no círculo Ártico, e muitas ilhas
oceânicas, comprovando sua ampla adaptação à diferentes condições climáticas.
No Brasil, seu cultivo iniciou-se em 1972 no estado do Rio Grande do Sul,
com plantas oriundas do Estados Unidos. A partir de sua implantação no
estado, vem sendo cultivada em Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Minas
Gerais, com destaque para o estado introdutor da cultura, sendo o maior
produtor nacional, com aproximadamente 700 t /ano.
Os frutos da cultura além de consumidos ao natural, podem ser
comercializados para fabricação de doces, geléias, conservas, sucos,
fermentos, polpas, sorvetes, iorgutes, tortas, bolos, etc. Informações
mais recentes de pesquisas têm demonstrado um maior potencial da utilização
da amora-preta como um corante artificial de excelente qualidade, seja para
qualquer finalidade. Outra grande descoberta da utilização da amora-preta
que vem expandindo, seria seu uso para fins medicinais, como uma planta
anti-cancerígena, pela ação do ácido elágico, e também no combate a
osteoporose, devido sua concentração elevada de cálcio (46 mg/100g
fruto). Outra utilização crescente, é como tônico muscular para utilização
durante práticas desportivas, devido ao alto teor de potássio encontrado
no fruto (245 mg/100g fruto).
Família: Rosaceae
Clima: temperado, podendo encontrar desde cultivares exigentes em 100 horas
a 1000 horas de frio
Solo: desenvolve bem em diversos tipos de solos, mas bem drenados, com pH
entre 5,5 a 6,5
Porte: ereto ou rasteiro, podendo atingir até 2 m de altura
Sistema radicular: parte perene da planta, de fácil perfilhamento
Propagação: estacas de raiz ou herbáceas e por cultura de meristemas
Calagem : deve ser realizada no preparo do solo
Adubação: de plantio não deve ser realizada, somente após o pegamento da
muda
1o ano : 50g a fórmula 10-20-10 por planta
2o ano: 100g de 10-20-10 por planta, logo após o inverno. Em meados da
primavera e após a colheita, colocam-se de 50 a 100g de sulfato de amônio
ao redor das plantas. Nessa aplicação, conserva-se uma distância mínima
de 15cm das plantas
Espaçamentos: 3m x 0,80m para mudas de estacas de raiz
Cultivares: Tupy, Guarani, Cherokee, Brazos, Ébano, Cainguague
Irrigação: pode se utilizar, desde que não encharque muito
Podas: de limpeza e frutificação
Pragas: ácaros, lagartas, cochonilhas
Doenças: ferrugem, podridão de frutos, Agrobacterium, antracnose, etc
Produção: 1o ano: 2,5 t/ha
2o ano: 5,0 t/ha
3o ano: 12 t/ha, podendo chegar até 15 t/ha
Longevidade: 15 anos
Informações mais completas podem ser encontradas no
Livro Frutas Exóticas (Funep, FCAV/Unesp)
Por Rubens Barros de
Azevedo Fonte
de pesquisa: Páginas da Internet
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