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Abacaxi
Nome
popular: ananás; abacaxizeiro
Nome científico: Ananas comosus (L.) Merril.
Família botânica: Bromeliaceze
•
Origem: América do Sul, na sua parte costeira; os índios dessa região
costumavam pendurar folhas de abacaxi, ou mesmo o próprio fruto, na
entrada das cabanas, para indicar que as visitas eram bem-vindas.
Grande parte dos abacaxis comercializados no mercado brasileiro, tem como
origem as plantações da região Nordeste do Brasil, principalmente nos
Estados da Paraíba e de Pernambuco.
• Tipos:
Quanto ao tamanho:
- Grande: Pesa mais de um quilo e meio;
- Médio: Pesa entre um quilo e um quilo
e meio;
- Pequeno: Pesa menos de um quilo;
Quanto à variedade:
- Tipo Pérola: Tem formato cônico, coroa de
diâmetro pequeno, coloração interna amarelo-pálida, quase branca;
- Tipo Jupí: Tem formato cilíndrico, isto é, tem
o mesmo diâmetro de cima até embaixo;
- Tipo Havaí: Também tem formato cilíndrico, mas
a coroa apresenta maior diâmetro, não tem espinhos e a coloração
interna é amarelo-palha ou mesmo amarelo-forte
•
Características: É uma fruta muito refrescante, cheirosa e sumarenta; cada
gomo que vemos externamente, é um fruto independente.
Seu maior valor comercial ocorre quando é de:
- Tamanho: grande (um quilo e meio de peso);
- Coloração: amarelada na base;
- Coroa: Firme;
- Variedade: Pérola.
• Dicas para comprar: Procure os que estão: - Sem defeitos, tais
como: -
manchas; - marcas; - deterioração; - deformidade.
A melhor maneira de saber se o abacaxi está no ponto
exato para ser consumido, é quando uma das folhas da coroa se
solta com facilidade ao ser puxada, lembrando que ele não amadurece
facilmente depois de colhido.
Outra dica: Pressionar ligeiramente a casca: se estiver
macia, é sinal de que está bom para ser consumido de imediato.
Ao contrário, se passar do ponto, a casca apresenta manchas escuras
e algumas partes ficam amolecidas de mais, principalmente junto à base; -
os menos ácidos são aqueles que têm pequenos espinhos na
coroa. Procure adquirir os que têm boa fragrância e a polpa
amarela clara ou branca.
• Dicas
para guardar: Para que o abacaxi verde amadureça, deixe-o à
temperatura ambiente, enrolado em jornal e longe da luz direta do sol.
• Dicas
para consumo: É uma fruta muito versátil e que se presta à composição
de inúmeros pratos tanto os doces quanto os salgados, tais
como: - compotas; - doces cristalizados
ou em pasta; - geléias; - sucos; - pudins; - saladas; - bebidas;
- sorvetes; - gelatinas.
Obs.: No caso dos dois últimos, é preciso ferver o suco e a
polpa antes de preparar, pois, caso contrário, não haverá a
solidificação. Se quiser fazer um suco bem concentrado, use a própria
casca da fruta, assim procedendo: - Descascar a fruta, deixar a casca
repousar numa vasilha com água por algumas horas, e depois bater no
liquidificador e coar, servindo gelado.
ATENÇÃO:
As pessoas com tendência a aftas bucais, ou mesmo com alto nível de acidez
estomacal, devem evitar sempre a ingestão do abacaxi, ou então, fazer
uso moderado e esporádico.
•
Composição: - Vitaminas (A, B, B1, B2 e C); - Sais minerais diversos: -
Magnésio; - Enxofre; - Potássio; - Cálcio; - Ferro; - Iodo; -
Flúor; - Fósforo; - Carboidratos; - Fibras (Celulose); -
Proteínas; - Saponinas;- Flavonóides; - Glicosídeos; - Sacarídeos;
- Taninos.
• Valor calórico: 75 calorias / 100g
• Indicações
Terapêuticas: O abacaxi é altamente eficiente para:
- As vias urinárias, por ser diurético, detergente e desintoxicante
dos rins;
- Prevenção da formação de cálculos renais e biliares;
- Prevenir prisão de ventre, devido ao seu alto teor de fibras;
- Bronquite (é expectorante - fazer suco com a casca);
- Aliviar cólicas menstruais;
- Combater a anemia, pois favorece a absorção do ferro;
- Falta de apetite, desde que ingerido o seu suco, sem açúcar, 1 ou 2
horas antes da refeição.
Obs.: O abacaxi possui uma enzima chamada bromelina que, em
contato com a pele, pode causar dermatite em pessoas sensíveis.
Características
da planta: Planta de pequeno porte, podendo atingir 80cm de altura.
Folhas longas e duras, dispostas espiraladamente, partindo da base, formando
uma roseta. Flores pequenas, de coloração rósea a roxo-purpúrea, surgem
aglomeradas em uma haste, formando uma espiga que se desenvolverá
originando a fruta do abacaxi.
Fruto:O conjunto dos pequenos frutos formam a estrutura de forma ovóide
do abacaxi. Na sua porção superior forma-se uma "coroa" de
folhas duras, de coloração verde intensa denominadas brácteas. A haste
interna do abacaxi é envolta pela suculenta polpa que é comestível.
Cultivo: Prefere solo rico em nutrientes, não suportando os
encharcados. O plantio é feito no início das chuvas desenvolvendo-se bem
em locais de temperaturas de 16° a 20° C e livres de geadas. Produz 20 kg
por planta ao ano. Frutifica o ano todo.
Quando Cristóvão Colombo chegou à ilha de Guadalupe, no Novo Mundo, o
abacaxi foi oferecido aos invasores europeus num gesto de hospitalidade e
boas-vindas. Por sua semelhança, um tanto forçada e bastante apressada,
com o fruto do pinheiro europeu, a fruta foi então chamada de pina, como é
até hoje conhecida nos p\ de língua espanhola.
Para os indígenas de língua guarani, seu nome significava "fruta
saborosa", de onde derivou a palavra ananás, como são ainda
conhecidas algumas de suas espécies silvestres. Mas foi "iuaka'ti"
ou "fruta cheirosa", outra de suas denominações indígenas, que
deu origem à palavra abacaxi em português.
Provavelmente nativo do sul da América do Sul, da região onde hoje fica o
Paraguai, o abacaxi foi carregado por toda a América pelos índios
guaranis, tornando-se espécie cultivada pelas populações autóctones até
a região da América Central e Caribe muito antes da chegada dos europeus.
O
abacaxi, com o nome de pina, foi levado para a Europa como testemunho da
exuberância exótica das terras existentes a oeste do Atlântico. Espécie
de fruto de fácil dispersão e cultivo, o abacaxi cruzou os mares do mundo
a bordo de galeões e caravelas, chegando para ficar na África, na China,
em Java, na Índia e nas Filipinas. Nesses locais o abacaxi se propagou com
facilidade e rapidez, tendo sido muito bem aproveitado nos últimos cinco séculos,
e não apenas como saboroso fruto.
Na Inglaterra, verdadeira paixão, a partir do século XVII iniciou-se o
cultivo do abacaxi em estufas especialmente preparadas para manter a
temperatura equivalente à temperatura tropical de que a planta necessita
para crescer. Com sua coroa espinheinta, passou a ser chamado, no feminino,
de "a rainha das frutas". Transformado em iguaria de reis e
rainhas, o abacaxi foi oferecido como símbolo de hospitalidade a convidados
especiais da nobreza, também nas cortes européias.
Em seu transporte do Novo para o Velho Mundo, o abacaxi deixou de ser apenas
uma fruta e passou a ser um verdadeiro modelo de beleza e exotismo,
representado incansavelmente pelas belas artes, estudado e admirado pelas ciências
da natureza. Uma imagem que permaneceu misteriosa por muito tempo, até que
pudesse ser completamente desvendada pela botânica.
Soube-se,
depois de muito tempo, que aquilo que costumava ser considerado como uma
frota inteira, única, não passava de uma ou duas centenas de pequenos
frutos aglomerados em torno de um mesmo eixo central: cada "olho"
ou 'escama" da casca do abacaxi é um fruto que cresceu a partir de uma
flor, fundindo-se todos os frutos em um grande corpo, chamado infrutescência,
no topo do qual se forma a coroa.
De
perfume forte e sabor variado, ora dulcíssimo, ora bastante ácido, esse
conjunto de frutos do abacaxi possui uma polpa refrescante e cheia de caldo.
Tais virtudes o recomendam como fruta que se presta à produção de
compotas, doces cristalizados, geléias, sucos, sorvetes, cromes, gelatinas
e pudins. No Brasil faz-se também uma bebida, chamada alua, bastante
conhecida e apreciada no nordeste: deixam-se as cascas do abacaxi imersas em
água por alguns dias, até que se processe a sua fermentação.
O abacaxi é, seguramente, uma das frutas tropicais mais populares do mundo,
sendo muito utilizada no preparo de coquetéis de espírito festivo, tais
como a mundialmente famosa pina colada, feita com suco de abacaxi e rum.
O abacaxi não é fruta calórica, mas seu conjunto contém altas
porcentagens de vitaminas A, B e C, assim como carboidratos, sais minerais e
fibras. Além disso, dos restos do abacaxizeiro pode-se extrair a bromelina,
uma enzima nobre que ajuda a decompor proteínas, resultando dessa extração
um bagaço consistente que pode ser utilizado como ração animal.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de abacaxi, com mais de 700
mil toneladas anuais, perdendo, no início dos anos 90, apenas para a Tailândia,
para as Filipinas e para a China. As principais plantações brasileiras estão
concentradas na região Nordeste do país, em especial no Estado da Paraíba;
no Triângulo Mineiro; e nos Estados da Bahia e de São Paulo, onde os municípios
de Araçatuba e Bauru são os líderes.
Apesar de manter uma área de cultivo muito maior que os outros países
produtores, o Brasil ainda não detém completamente as técnicas que
permitem a alta produtividade obtida nos abacaxizais asiáticos.
Basicamente, no Brasil, cultivam-se as variedades Pérola, a preferida pelo
mercado in natura, e Smooth Cayenne ou Havaiana, que produz um fruto maior,
mais ácido e resistente e que, por isso mesmo, é normalmente destinada à
exportação e às indústrias de compotas e de sucos.
Por Rubens Barros de
Azevedo Fonte
de pesquisa: Páginas da Internet
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